|
Post by Sasuke on Jul 17, 2006 22:54:13 GMT -3
|
|
|
Post by will on Jul 18, 2006 10:55:16 GMT -3
A primeira presidenta brasileira será a Heloísa Helena.
|
|
|
Post by Sasuke on Jul 18, 2006 12:23:19 GMT -3
Credo..
|
|
|
Post by Mr. Orange on Jul 18, 2006 12:46:53 GMT -3
Cruz credo mesmo, se bem que não lembro de nosso último presidente que não parece saído do Zorra Total.
|
|
|
Post by will on Jul 18, 2006 13:10:55 GMT -3
Eu falo sério. Vocês acham que será a Martha Suplicy?
Do jeito que as coisas vão, ela disputa um segundo turno nas próximas quatro eleições.
|
|
|
Post by Mr. Orange on Jul 18, 2006 13:31:45 GMT -3
Eu acho que a Martha é a única com possibilidades reais num futuro próximo. Mas ela já é meio sessentona, tem que ser próximo mesmo hehehehe.
|
|
|
Post by will on Jul 18, 2006 13:34:52 GMT -3
ehehe
Só elegem ela se resolverem voltar com um Lula que fala fino.
|
|
|
Post by Dr. Helmer, Ph.D on Jul 18, 2006 14:15:40 GMT -3
Não vou votar. Por enquanto.
|
|
|
Post by Dr. Helmer, Ph.D on Jul 19, 2006 15:36:29 GMT -3
Não subestimem Helô Helê:
Heloísa sobe e chega a 10%; cresce a chance de 2º turno
Estáveis, Lula e Alckmin só oscilam para baixo; vitória no 1º turno se torna incerta
Crise da segurança em São Paulo não afeta principais candidaturas; senadora do PSOL cresce em todas as regiões e chega a 13% no Sul
MALU DELGADO DA REPORTAGEM LOCAL
A nova onda de ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo, iniciada no dia 11, não produziu efeitos imediatos nas campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. Pesquisa Datafolha divulgada ontem revelou um quadro estável na disputa, mantendo Lula na liderança, com 44% das intenções de voto, seguido pelo candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, com 28%. A novidade detectada pelo levantamento, feito anteontem e ontem, é o crescimento da candidata do PSOL a presidente, senadora Heloísa Helena, em todas as regiões do país. A ex-petista subiu de 6% para 10%. Lula alcança 52% dos votos válidos e não é mais possível afirmar que hoje ele venceria a eleição no primeiro turno. Devido à margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos, aumentou a chance de haver segundo turno. Na pesquisa anterior, a diferença entre os votos válidos de Lula e os dos demais candidatos somados era de oito pontos percentuais a favor do presidente. A nova pesquisa mostra uma queda da diferença para quatro pontos percentuais. Lula e Alckmin tiveram oscilação negativa. O petista, que tinha 46% na pesquisa de 28 e 29 de junho, agora tem 44%. Alckmin oscilou de 29% para 28%. O potencial de crescimento de Heloísa Helena já era considerado antes dessa pesquisa por segmentos do PT e PSDB como o fator que poderá levar a disputa ao segundo turno. A projeção para um eventual segundo turno ficou estável: Lula oscilou um ponto para baixo e tem 50%, contra 40% de Alckmin -mesmo índice do tucano no último levantamento. Segundo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, é possível inferir que o crescimento de Heloísa Helena se deve, principalmente, à exposição da senadora nos meios de comunicação nas últimas semanas. "Desde o início do ano, Heloísa Helena estava com um patamar estável nas pesquisas, entre 6% e 7%", observa Paulino. A receptividade do eleitor à candidatura de Heloísa Helena foi expressiva sobretudo na região Sul, onde ela teve mais que o dobro das intenções de voto em relação à pesquisa anterior (de 6% para 13%). Em junho, Alckmin havia ultrapassado Lula no Sul (37% a 30%). Agora, os dois empatam em 31%. A candidatura da senadora também cresceu de 7% para 11% no Norte e Centro-Oeste. No Nordeste, o presidente Lula mantém consolidado seu eleitorado mais fiel, com pequena oscilação negativa (de 64% para 63%). Já Alckmin caiu quatro pontos (de 17% para 13%), enquanto Heloísa Helena oscilou positivamente (de 5% para 7%). A ascensão da senadora no Sudeste foi de quatro pontos percentuais, de 7% para 11%. O cenário na região permanece estável para Lula e Alckmin. O Datafolha também pediu aos eleitores que avaliassem o governo Lula. O resultado foi similar ao do último levantamento, quando 39% dos eleitores consideravam o governo bom ou ótimo -agora são 38%. Também oscilaram dentro da margem de erro as avaliações da gestão Lula como regular (40%) e ruim ou péssima (21%). Foram entrevistados 6.264 eleitores em 272 municípios. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 11149/2006.
===============================
Enfim, Lulla e Picolé de Chuchu perderam votos para Heloísa Histérica. O crescimento dela aumentou a chance de segundo turno. Picolé, mesmo com campanha no ar nas últimas semanas, diminuiu, o que é meio desastroso.
|
|
|
Post by Daniel Pilon on Jul 24, 2006 22:34:46 GMT -3
|
|
|
Post by Dook on Jul 25, 2006 11:06:25 GMT -3
Desanimado... é assim que estou no presente momento no que tange às eleições...
|
|
|
Post by Daniel The Walrus on Jul 27, 2006 19:10:18 GMT -3
|
|
|
Post by Serge Hall on Jul 31, 2006 14:28:25 GMT -3
Anúncio da Band declara guerra à Globo na cobertura eleitoral Publicidade
da Folha Online
A cobertura jornalística das eleições deste ano já começou com uma declaração de guerra. Rebatendo o anúncio de página dupla que a Globo publica desde a semana passada nos maiores jornais do país sob o título "Eu prometo", hoje a Band publicou o seu anúncio, também de página dupla, em que proclama: "Eles prometem. A Band cumpre".
Nesta segunda-feira, as emissoras iniciam seus esquemas especiais de cobertura eleitoral. Nos jornais, a propaganda da líder de audiência no país promete "isenção, transparência e compromisso com a verdade". O texto publicitário cita "a maior cobertura jornalística que uma eleição já teve no Brasil".
Entre os destaques da cobertura preparada pela Globo, o anúncio ressalta a Caravana JN, que inclui um barco e um ônibus com Pedro Bial (que já ganhou o apelido de Priscilão, numa alusão ao filme "Priscila - A Rainha do Deserto") que percorrerão as cinco regiões brasileiras. A emissora prepara ainda debates (um com candidatos a governador, em 26 de setembro, e outro com candidatos à Presidência, em 28 de setembro), reportagens especiais, pesquisas eleitorais e entrevistas.
Já a Band preferiu criticar a concorrente a detalhar a sua cobertura. Em um texto de forte teor crítico, diz que o eleitor já está acostumado com promessas dos candidatos. Em referência ao "Eu prometo" da Globo, afirma: "Duro é promessa de quem nem candidato é [...] Para chegar lá, não basta ônibus ou barco. A viagem pela história é bem mais complexa".
O anúncio cita momentos cruciais das últimas três décadas da vida política brasileira, entre eles a volta dos exilados ao Brasil em 1979 ("A Band entrevista exilados de volta ao Brasil. Eles silenciam") e as fortes denúncias de irregularidades na eleição de 1982 no Rio de Janeiro ("A Band denuncia o Proconsult no Rio. Eles silenciam") --tema do livro "Plim-Plim a Peleja de Brizola Contra a Fraude Eleitoral", de Paulo Henrique Amorim e Maria Helena Passos.
Episódios ainda mais emblemáticos da política nacional, ocorridos a partir da década de 80, também estão no anúncio: a campanha das Diretas em 1984 ("A Band cobre os comícios das Diretas Já. Eles silenciam"), o famoso debate entre Collor e Lula em 1989 ("A Band faz o primeiro debate na TV brasileira entre candidatos à Presidência. Eles manipulam a edição do debate") e as denúncias contra o governo Collor, em 1991 ("A Band entra desde o primeiro momento na cobertura ao vivo da CPI do governo Collor. Eles só aparecem depois").
Ao fim do texto publicitário, a emissora pergunta sobre a cobertura deste ano: "2006 - A Band vai fazer a cobertura mais precisa e imparcial da TV brasileira. E eles? Será que mudaram?".
A Globo deve divulgar um comunicado sobre o assunto nesta segunda-feira. A campanha dos candidatos em rádio e TV começa em 15 de agosto.
|
|
|
Post by Sasuke on Aug 7, 2006 14:54:46 GMT -3
A ÚLTIMA CIDADELA DE LULA, por Carlos Marchi 02.08, 16h32
Do blog do Noblat
Ontem Noblat me perguntou se Lula vai levar no primeiro ou se haverá segundo turno. Não era uma conversa de magos, mas de jornalistas, razão pela qual falávamos de probabilidades, não de adivinhações. Falando de probabilidades, eu disse a ele - e digo a vocês - que o candidato Lula da Silva não tem boas probabilidades na eleição de outubro. Digo mais: que o primeiro turno será muito mais difícil do que aparenta agora e que, se houver segundo turno, pela lei das probabilidades, Lula perde.
Apresso-me a explicar, antes que alguém me acuse de fazer mero exercício futurológico irresponsável ou engajado, por que razões sustento que Lula não é mais favorito, como era há dois anos, antes do escândalo do mensalão, e há quatro meses, depois de ensaiar uma efêmera recuperação. Aqui vão 20 razões para entender por que Lula deve perder a eleição:
1. Hoje Lula vaga pelo sertão sem água no cantil - é vitalmente dependente dos seus salvadores índices do Nordeste. Segundo a última pesquisa Ibope, se considerarmos, por hipótese, apenas as outras quatro regiões (sul, sudeste, norte e centro-oeste), Lula ganharia apertado no primeiro turno por 37% a 32%, mas num segundo turno Alckmin venceria por 46% a 41%. No Nordeste, Lula desafoga por 69% a 22%, mas é bom lembrar que o nordeste representa apenas 27% dos votos brasileiros (São Paulo sozinho representa mais de 22%).
2. A mesma pesquisa Ibope aponta que, no segundo turno, Alckmin vence no sul (46% a 40%) e no sudeste (46% a 40%) e empata no conjunto norte/centro-oeste (46% a 44% para Lula, com diferença dentro da margem de erro). Por aí se vê que as quatro regiões parecem pender a favor de Alckmin antes mesmo de começar o horário eleitoral gratuito, trunfo maior do tucano, e num momento em que Alckmin ainda tem razoável índice de desconhecimento.
3. Depender do Nordeste para ganhar uma eleição presidencial é um risco enorme. Lá está o eleitorado mais influenciável e mutante, em razão do baixo índice cultural e das más condições sociais. Além de acostumado a absorver influências sulinas, o eleitor nordestino é, por exemplo, o que mais muda o voto na última hora para sufragar o candidato que, segundo as pesquisas, vai ganhar a eleição (lá, o índice médio chega a 10%; nas outras regiões não passa de 3%).
4. Alckmin está mirando fixo no eleitor nordestino. Desde que deixou o governo paulista, em 31 de março, já foi 14 vezes ao Nordeste; de lá são os senadores Tasso Jereissati (CE, presidente do PSDB), Sérgio Guerra (PE, coordenador de campanha) e José Jorge (PE, vice). Esta semana o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que apóia Alckmin, me revelou que está notando os primeiros sinais de quebra de resistência de políticos do interior a fazerem campanha para Alckmin. Não faziam antes porque achavam que ele não ganharia. Isso pode significar que Alckmin começa a penetrar nos grotões.
5. De fato, a última pesquisa Ibope mostra que Alckmin cresceu 14 pontos porcentuais no norte/centro-oeste, 4 pontos no Nordeste de Lula, 8 pontos no sul, 11 pontos nos municípios até 20 mil habitantes e 8 pontos no interior. Todos esses grupamentos - principalmente as cidades com menos de 20 mil habitantes e o interiorzão - englobam grotões. Já Lula ficou estável em todos eles e ainda caiu forte no Sul (de 42% para 37%).
6. A aposta de Lula no Bolsa Família - um contingente que não passou da 4ª série do ensino fundamental e cuja maior concentração está no Nordeste - se explica pela mudança substancial do perfil de voto recebido por ele ao longo das quatro eleições presidenciais a que concorreu. Segundo estudo do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Unicamp, 67% dos que votaram em Lula em 1989 eram analfabetos ou tinham só o 1º grau; em 1994 esse número caiu para 59,4%; em 1998 se manteve estável em 59,9%; e em 2002 voltou a cair para 52,8%.
7. Está claro que, ao longo das eleições, Lula perdeu uma parte importante do seu eleitorado preferencial. Em 1989, 2/3 dos seus votos estavam na classe menos instruída; 13 anos depois, esse segmento contribuía apenas com a metade dos votos totais dele e a composição do voto lulista foi engordada pela adesão da classe média. Agora, ao perder segmentos importantes da classe média por conta dos escândalos de corrupção, o presidente correu a compensar com o resgate dos votos perdidos entre os pobres.
8. Na distribuição dos votos por regiões, a situação é parecida. Em 1989, metade (49,4%) do eleitorado de Lula estava no sudeste; em 1994, esse contingente reduziu-se a 41,8%; em 1998, cresceu a 44,5%; em 2002 voltou a cair a 42,4%. Agora, em abril, as pesquisas apontaram que esse índice estava em 33%. A presença do Nordeste na composição do voto de Lula, que era de 31% em 1989, caiu para 28% em 1994, para 26,5% em 1998 e se alçou a 27,3% em 2002. Agora deu um salto espetacular para 41,3%. Essa é a chave para entender a necessidade de Lula reconquistar as antigas fontes do voto fácil: o voto dele está migrando fortemente do Sudeste para o Nordeste; e o voto dos mais pobres volta a crescer na composição do voto lulista.
9. Traduzindo em miúdos: a composição e a distribuição dos votos potenciais de Lula são, neste momento, muito pouco homogêneos. E eleições têm algumas regras sagradas. Da mesma forma que ninguém (com exceção de Juscelino Kubitschek) se elegeu presidente sem vencer em São Paulo (e Lula está perdendo), ninguém chega ao Planalto sem ostentar uma distribuição de voto homogênea. Tanto mais grave se essa votação heterogênea tiver prevalência de votos em regiões periféricas, influenciáveis pelos grandes centros. Por uma ótica antropológica, é muito mais crível esperar que o voto do sudeste influencie o voto do nordeste do que vice-versa.
10. Lula terá sérios problemas quando começar a propaganda eleitoral gratuita dos candidatos. O primeiro deles é que terá 7 minutos e 21 segundos diários contra 10 minutos e 22 segundos de Alckmin. Considerando que os estrategistas tucanos - a GW - costumam exibir alta eficiência na feitura dos programas políticos, é de esperar que o programa de Alckmin tire ótimo proveito desse tempo mais amplo.
11. Lula terá a inevitabilidade de enfrentar, na campanha de TV e rádio, o recrudescimento do tema da corrupção. Os adversários certamente vão relembrar as tristes passagens das CPIs, as denúncias chocantes, o cheque em branco, as explicações enroladíssimas, a depuração dos infiéis na cúpula do PT, o escândalo tangenciando o Palácio do Planalto. Dificilmente Lula escapará à sina de ter sua agenda comandada pelos oponentes e será obrigado a perder precioso tempo tentando explicações inúteis. E quanto mais ele falar nos escândalos, mais eles avivarão a memória e suscitarão um posicionamento contrário do eleitor.
12. Mas não é só. Entre os principais candidatos, além de Alckmin, Lula terá dois rivais dispostos a extrair-lhe o fígado pela boca - os senadores Heloísa Helena, do PSOL, e Cristovam Buarque, do PDT. E o mais complicado é que os dois vieram do próprio PT e, por isso, têm credibilidade nos ataques e críticas.
13. Para recuperar índices razoáveis de intenção de voto e da avaliação do governo, Lula gastou fortunas, no primeiro semestre, numa das mais rechonchudas mídias oficiais já vistas no país. Mas depois de apenas um mês sem propaganda, tanto sua intenção de voto quanto a avaliação do governo começaram a cair. Essa dupla queda combinada é um péssimo sinal - mostra que a ascensão anterior não teve lá grande consistência.
14. Do outro lado, Alckmin conseguiu sair de um patamar baixo de intenção de voto sem precisar de muita exposição pública. Ele cresceu em todas as regiões apenas com os programas do PSDB e comerciais partidários distribuídos ao longo de junho, além da mídia editorial - que ajuda pouco aos candidatos. Há quem diga que essa mínima visibilidade já o entronizou no papel de anti-Lula. Se for verdade, se ele de fato conseguir encarnar esse personagem, por si só, e se o personagem estiver sendo esperado com a expectativa de um messias, como se diz, vai ser muito difícil Lula ganhar.
15. Sem propaganda, em São Paulo, estado que governou por 5 anos, Alckmin ganha de Lula por uma diferença quase igual à de Lula no país inteiro. No país, segundo a última pesquisa Ibope, Lula venceria no primeiro turno por 44% a 27%; Alckmin venceria em São Paulo por 43% a 33%. No segundo turno, Lula venceria no país por 48% a 39% e o tucano ganharia em São Paulo por 51% a 37%. A comparação é abstrata, dirão contrariados lulistas, porque a eleição que vale é a nacional. Sem dúvida, mas o fato de vencer bem em São Paulo, estado que governou, dá a Alckmin o direito de usar ostensivamente no resto do país o argumento de que quem o conhece, vota majoritariamente nele.
16. E não é só o argumento. A quantidade de obras visíveis que Alckmin fez em São Paulo e vai mostrar na televisão é impressionante. Lula vive falando em comparar seu governo com o de Fernando Henrique; pois bem, o governo Lula será comparado com o governo Alckmin. E, pelo conjunto da obra, o petista perde feio, vocês, de outros estados, verão na televisão, a partir de 15 de agosto.
17. O estilo "pai dos pobres" de Lula, o jeito informal e meio esculhambado, os erros de português, as gafes, a mania de falar demais, no melhor estilo Fidel (ou seria Chávez?), a insistência de palpitar em tudo (nem sempre de forma adequada), tudo isso já cansou. As pessoas ainda não se deram conta disso porque não se constituiu, de forma física e visível, a alternativa a Lula, a encarnação do anti-Lula. Quando o eleitor se der conta - como parece que começou a dar-se - periga virar hemorragia.
18. Com aquele seu jeito picolé de chuchu, Alckmin parece anódino, sem sabor, sem carisma - mas funciona. Em 8 eleições, ganhou 7 e só perdeu 1, no olho mecânico. Ele tem a fórmula da vitória e ela passa por operar uma campanha suave, educada, didática. Repete pacientemente os argumentos. Explica mil vezes, de forma simples. No final, as pessoas apreendem.
19. Alckmin vai usufruir, na campanha, da credibilidade natural que têm os médicos, personagens mais importante para as famílias, principalmente no interior. Para as pessoas, sua palavra funciona como se fosse uma lei, uma variável que pode manter a vida ou redundar na morte. Todos param para ouvir o que o médico tem a falar. Além disso, Alckmin tem um arco de conhecimento técnico muito maior que o de Lula e um arco de palpites jogados ao vento infinitamente menor.
20. Outro dia Serra reconheceu (e olhe que para Serra reconhecer isso é porque deve ser verdade): "Alckmin é o melhor de nós (tucanos) todos na televisão". Ou seja: não chega a ser um estouro de carisma, mas é eficaz.
Cobrem-me o resultado final desse exercício de probabilidades no final de outubro.
Carlos Marchi é repórter político de O Estado de S. Paulo
|
|
|
Post by Dr. Helmer, Ph.D on Aug 8, 2006 14:47:42 GMT -3
Isso não chega a contradizer as previsões do Marchi, mas...
Lula sobe para 47,9% e Alckmin cai para 19,7%, diz CNT/Sensus
Em São Paulo
Subiu para 28,2 pontos percentuais a vantagem do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao adversário Geraldo Alckmin (PSDB). Pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (8/8) mostra que Lula tem 47,9% das intenções de voto, contra 19,7% de Alckmin.
Lula ganhou votos, subindo um pouco acima da margem de erro, que é de três pontos, para mais ou para menos, e Alckmin caiu em relação a levantamento anterior do mesmo instituto. A candidata do PSOL, Heloísa Helena, subiu de 5,4% para 9,3% das intenções de voto.
Os demais presidenciáveis pontuaram assim: Ana Maria Rangel 1,1%; Cristovam Buarque 0,6%; José Maria Eymael 0,4%; Luciano Bivar 0,2%; Rui Costa Pimenta 0,1%. Indecisos, brancos e nulos somaram 20,9%. Excluídos os indecisos, brancos e nulos, Lula teria 65% dos votos válidos, o que permite que seja reeleito ainda no primeiro turno com folga.
A pesquisa foi realizada pelo instituto Sensus por solicitação da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Foram entrevistados 2.000 eleitores, de 1º a 4 de agosto. O número do protocolo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é 12310/2006.
Pesquisa CNT/Sensus divulgada em julho mostrava uma vantagem de Lula de 16,9 pontos percentuais sobre o adversário Alckmin. Lula tinha então 44,1% das intenções de voto, e Alckmin, 27,2%. Com 55,1% dos votos válidos, na época, Lula poderia vencer o pleito em primeiro turno.
No levantamento CNT/Sensus realizado de 4 a 6 de julho, os demais presidenciáveis pontuaram, na lista estimulada: Heloísa Helena (PSOL) 5,4%; Cristovam Buarque (PDT), 1,4%; Ana Maria Rangel, 1,2%, Rui Costa Pimenta (PCO), 0,3%, José Maria Eymael (PSDC), 0,3%; Luciano Bivar (PSL), 0,3%. Indecisos, brancos e nulos somavam 20,0%.
----------------
Alguém viu o Alckmin ontem no Jornal Nacional? Felizmente os apresentadores não se esqueceram de perguntas bem pertinentes - como a do caso da publicidade da Nossa Caixa, por exemplo - mas Alckmin, pra variar, se esquivou de respondê-las. Patético.
|
|