khansc
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Jazz
Jun 5, 2006 13:03:44 GMT -3
Post by khansc on Jun 5, 2006 13:03:44 GMT -3
Eu não suporto Love Supreme e Bitches Brew. Miles em geral também não. Mahavishnu é BEM foda. Gosto de Paul Desmond e Chet Baker. Gosto também do Pat Metheny que o Klamm indicou, mas só ouvi um disco. Thelonious costuma me agradar também. Não suporto Mingus.
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khansc
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Jazz
Jun 5, 2006 13:05:07 GMT -3
Post by khansc on Jun 5, 2006 13:05:07 GMT -3
Ah, sim Stan Getz e Dave Brubeck detonam.
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Jazz
Jun 5, 2006 13:09:55 GMT -3
Post by fredy on Jun 5, 2006 13:09:55 GMT -3
lembrei de um que eu acho bacaninha: Ernest Ranglin - Below the Bass Line mas é jazz/surf
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Jazz
Jun 5, 2006 13:58:04 GMT -3
Post by Philip Marlowe on Jun 5, 2006 13:58:04 GMT -3
Uma boa estratégia é explorar por instrumentos e/ou subgêneros. Tem gente por exemplo que tem forte resistência à instrumentos de sopro (a "maldição do Kenny G" © Klamm 2006), então às vezes funciona pesquisar a discografia de músicos proeminentes em instrumentos que agradam mais (piano, guitarra e voz são candidatos usuais) e aos pouco ir "incorporando" outros arranjos. Com música clássica ocorre algo semelhante --algumas pessoas "só" escutam sinfonias, outras piano solo e concertos, outras óperas, e por aí vai, mas com o tempo vão absorvendo outras coisas. Nossos gostos pessoais e experiência prévias sempre deixam essas portas de entrada. Há um tempo nunca imaginava que poderia vibrar com um solo de trombone! Mas aconteceu pela primeira vez no ano passado, quase como uma epifania: assisti ao show de um trumpetista italiano chamado Enrico Rava no Tim Festival e o trombone roubou a cena! Depois descobri esse CD aí embaixo (é de 2003 e hoje é considerado por muitos o melhor dos últimos tempos) onde algo semelhante ocorre. Isso também me lembra outro ponto importante: o jazz acontece mesmo é ao vivo. O conjunto desses álbuns clássicos nada mais é do que um pequeno registro do que os caras faziam na época. Hoje em dia você escuta discos como o Sunday at Village Vanguard e Waltz for Debby do Bill Evans (foi tudo gravado no mesmo dia em Nova York ao longo de três shows e depois as músicas foram separadas arbirtrariamente nesses dois álbuns) e vê naquilo um exemplo raríssimo de perfeição na captação do clima de uma tarde/noite de jazz de uma época como aquela, algo que entrou para história, mas para eles era apenas mais um dia de trabalho! Não são poucos os exemplos de caras que gostei MUITO de ter assistido ao vivo, mesmo não sendo ou não me tornando fã dos respectivos trabalhos de estúdio. Na verdade, isso vale para quase todo jazz nacional, que eu praticamente não escuto em casa. Em termos gerais, o exemplo mais extremo é o Stanley Jordan. Considero um dos três melhores shows que já assisti, totalmente absurdo e inacreditável, mas não suporto os CDs dele. Ele tocou com uma banda de apoio 100% brasileira, mas quando procurei trabalhos deles não gostei muito. Enfim, quem quer explorar jazz tem que assistir shows, senão as coisas muito provavelmente não vão funcionar. E a boa notícia é que é relativamente fácil encontrar gente boa tocando por aí, não precisa fica dependendo dos figurões que gravam excelentes álbuns.
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Jazz
Jun 5, 2006 14:09:30 GMT -3
Post by fredy on Jun 5, 2006 14:09:30 GMT -3
uma vez eu fui em um show de jazz/bossa nova e foi muito foda, mesmo. mas não consigo gostar de algo que foi simplesmente improvisado na hora. ao vivo é diferente, pq vc tá ali vendo o cara tocar, consegue ver a espontaneidade dele, e não é algo que vai ficar ouvindo sem parar. aquilo só vai acontecer uma vez, então tanto faz. mas em cd eu acho chatíssimo.
acho que meu problema não é com instrumentos não, e não tenho problemas com sax (nem mesmo por causa do Kenny G), nem nada disso, eu só tenho problemas em entender e sentir as músicas. acho que boa parte dessas que eu baixei passam longe da minha sensibilidade musical. isso pode vir a mudar, mas enfim. eu imagino que existam subgêneros de jazz que eu provavelmente vá gostar bastante, mas sempre tive preguiça de procurar hehe
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Jazz
Jun 5, 2006 14:22:07 GMT -3
Post by fredy on Jun 5, 2006 14:22:07 GMT -3
uma coisa que eu odeio é pessoas que dizem gostar de jazz só pra parecerem cultas/inteligentes/etc, mas que nem conhecem (ou gostam de) muita coisa hehe
ps: não é uma indireta pra ninguém daqui (acho), é sobre pessoas que eu conheço mesmo.
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Jazz
Jun 5, 2006 18:18:17 GMT -3
Post by will on Jun 5, 2006 18:18:17 GMT -3
uma coisa que eu odeio é pessoas que dizem gostar de jazz só pra parecerem cultas/inteligentes/etc, mas que nem conhecem (ou gostam de) muita coisa hehe ps: não é uma indireta pra ninguém daqui (acho), é sobre pessoas que eu conheço mesmo. Engraçado o que veio a se tornar ouvir jazz. Nunca li nada direcionado pra saber em qual parte histórica houve essa mudança de conceito, mas essas pessoas que querem parecer cultas/inteligentes/etc são facilmente reconhecível, pelo menos as que conheço. Veneram e vivem no mundo do Miles, que é bem interessante, mas tem muita coisa insuportável.
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Jazz
Jun 5, 2006 18:58:41 GMT -3
Post by will on Jun 5, 2006 18:58:41 GMT -3
My Spanish Heart do Chick Corea. Não é exagero dizer que ele é o melhor pianista do mundo.
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Jazz
Jun 5, 2006 21:20:55 GMT -3
Post by Philip Marlowe on Jun 5, 2006 21:20:55 GMT -3
QUE RAIVA!!!!
Acabei de descobrir que o Brad Mehldau fez shows entre os dias 2 e 4 de junho em São Paulo. Teria ido com certeza se soubesse. DROGA! DROGA!
Isso é um problema, a divulgação de shows de jazz no Brasil é meio precária, não tem nenhum site realmente bom que eu conheça. Por exemplo, entrei agora no site do Mistura Fina, que é uma casa tradicional aqui do Rio, e fiquei sabendo que o Richard Bona vai tocar aqui. No ejazz.com.br e no clubedejazz.com.br, nada. Esse cara é um excelente baixista e tem bastante destaque no último DVD do Pat Metheny como multinstrumentista.
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khansc
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Jun 5, 2006 22:21:53 GMT -3
Post by khansc on Jun 5, 2006 22:21:53 GMT -3
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Jazz
Jun 6, 2006 0:22:40 GMT -3
Post by Philip Marlowe on Jun 6, 2006 0:22:40 GMT -3
uma vez eu fui em um show de jazz/bossa nova e foi muito foda, mesmo. mas não consigo gostar de algo que foi simplesmente improvisado na hora. ao vivo é diferente, pq vc tá ali vendo o cara tocar, consegue ver a espontaneidade dele, e não é algo que vai ficar ouvindo sem parar. aquilo só vai acontecer uma vez, então tanto faz. mas em cd eu acho chatíssimo. Vou dizer como me sinto. Você vai dizer "eu sei", mas vou escrever no geral. Pra mim o álbum mais superestimado de jazz de todos os tempos é o Koln Concert do Keith Jarrett, que consiste em 66 minutos do pianista sozinho tocando de improviso. Sim, ele senta no piano e fica tocando o que vem na cabeça dele, estrutura zero mesmo. Tem uma parte 26 minutos e outra de 40. Surpreendentemente é um fenômeno, um dos mais vendidos de todos os tempos. Só que existem improvisos e improvisos. Eu gosto de pensar na seguinte analogia. Se você chega para mim e começa a conversar sobre cinema, por exemplo, eu não vou pensar no que você está falando como um improviso. Quando um professor dá uma aula, ele não está lendo um roteiro ou um discurso, mas também não está simplesmente improvisando na hora. A conversa sobre cinema, assim como a aula, flui. As idéias fluem. Com jazz em geral é a mesma coisa, como se fosse uma conversa entre músicos. Conversas em cima de harmonias lindas e complexas, standards cheios de história, etc. É demais escutar para onde os caras levam as músicas, a dinâmica entre a voz própria que o músico desenvolve com o tempo, seu vocabulário, a fase em que ele está e a inspiração do momento. Vale lembrar também que o rock tem muito improviso, algumas pessoas esquecem disso (lembre-se que estou falando no geral, não do Fredy --curiosidade: você gosta do Liquid Tension Experiment?). Aquele solo fodão do Jimmy Page não surgiu com o cara sentando e escrevendo uma partitura, mas tocando!
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Jazz
Jun 6, 2006 1:01:58 GMT -3
Post by fredy on Jun 6, 2006 1:01:58 GMT -3
ainda assim, Marcel, se tá no álbum é pq eles acharam que aquilo era o que funcionava, e não pensaram em algo melhor, e não apenas pq foi o que saiu na hora.
eu sou meio chato pra essas coisas, perfeccionista mesmo. eu preciso sentir que aquilo foi quase "calculado" pra conseguir atingir o ouvinte de alguma forma. o improviso, claro, pode causar isso, mas é bem raro (ao menos comigo).
é dificil definir isso, mas as músicas me atingem normalmente por algum desses 4 motivos (e isso é totalmente pessoal):
1) a música me dá vontade de tocar algum instrumento (em especial os que eu toco, claro), ou cantar. não pela virtuose nem nada disso, simplesmente por ser algo "legal" de tocar. aí eu incluo metal, punk rock, progressivo, e rock em geral 2) a melodia é cativante. aí muitas das citadas entram, mas são adicionadas algumas músicas mais pop. normalmente enjôo mais facilmente dessas, 3) a música me estimula visualmente, criativamente. nisso incluo trilhas sonoras, música clássica, rock progressivo, etc. 4) essa é meio vaga, e normalmente anda junta da 3, mas é uma música que eu acho a composição dela foda, mesmo que não me de vontade de tocar. aí entra música clássica, trilha sonora também, música eletrônica, prog.
ps: existe também o aspecto da nostalgia, mas aí complica demais
algumas músicas podem ter todas essas características, mesmo que normalmente não tenham. tipo, eu não tenho muitas idéias ouvindo Metallica, mas sempre que ouço me dá vontade de tocar guitarra e/ou bateria.
através do improviso, me parece que as músicas tem pequenas partes boas, no meio de um monte de enrolação. nos jams em estudio, pra compor, eh isso que eles fazem. depois pegam essas partes boas, tiram o resto, e desenvolvem elas. aí que a música fica boa, pra mim ao menos. gosto de ver uma idéia musical bem desenvolvida, pensada. não sei, talvez eu seja um pouco limitado nesse aspecto.
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Jazz
Jun 6, 2006 1:39:25 GMT -3
Post by will on Jun 6, 2006 1:39:25 GMT -3
QUE RAIVA!!!! Acabei de descobrir que o Brad Mehldau fez shows entre os dias 2 e 4 de junho em São Paulo. Teria ido com certeza se soubesse. DROGA! DROGA! Isso é um problema, a divulgação de shows de jazz no Brasil é meio precária, não tem nenhum site realmente bom que eu conheça. Por exemplo, entrei agora no site do Mistura Fina, que é uma casa tradicional aqui do Rio, e fiquei sabendo que o Richard Bona vai tocar aqui. No ejazz.com.br e no clubedejazz.com.br, nada. Esse cara é um excelente baixista e tem bastante destaque no último DVD do Pat Metheny como multinstrumentista. A divulgação é terrível. John Pizzarelli fez dois show aqui e não fiquei sabendo. O álbum mais conhecido dele, Meets The Beatles, não é o qual mais gosto e, sim, o The Rare Delight of You.
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Jazz
Jun 6, 2006 1:42:44 GMT -3
Post by Philip Marlowe on Jun 6, 2006 1:42:44 GMT -3
ainda assim, Marcel, se tá no álbum é pq eles acharam que aquilo era o que funcionava, e não pensaram em algo melhor, e não apenas pq foi o que saiu na hora. Não sei se o Will concorda, mas se não estivermos falando do Koln Concert é mais calculado do que você pensa. Não é tão diferente disso que você disse, a distinção é que o Jimmy Page vai chegar num solo "definitivo", no jazz isso não existe. Quando você fala várias vezes sobre um mesmo assunto não vai sempre repetir igual palavra por palavra, mas a essência --se você tem a tal da voz própria-- é a mesma, você vai descobrindo o que funciona e o que não funciona, quais idéias são boas, quais argumentos são consistentes. Só porque você não escreveu um discurso, não vou achar que você está de enrolação quando fala comigo sobre cinema numa mesa de bar. Enfim, eu acho que você radicalizou um pouquinho com o negócio da improvisação, inclusive eu acho que você gosta de Liquid Tension Experiment.
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Jazz
Jun 6, 2006 1:56:18 GMT -3
Post by Philip Marlowe on Jun 6, 2006 1:56:18 GMT -3
My Spanish Heart do Chick Corea. Não é exagero dizer que ele é o melhor pianista do mundo. Antigamente eu achava ele o melhor pianista de música popular do mundo, hoje não mais. Ano passado assisti a uma apresentação bem medíocre dele, aí caiu de vez. O que não apaga é claro o brilho de Now He Sings, No He Sobs, Return to Forever, Akoustic Band, etc. Esse aqui é legal, estou escutando agora:
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