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Post by KK on Aug 26, 2012 14:56:58 GMT -3
Não que isso seja definitivamente sinônimo de qualidade e obviamente pelo perfil do KMF não é um filme com fins comerciais, mas acham ele vai se dar bem na bilheteria? Muitos dos filmes nacionais que gosto, a maioria do público odeia, por exemplo, enquanto amava assistir ao Palhaço, as pessoas saíam ou no meio da sessão ou no final execrando o filme.
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Post by will on Aug 26, 2012 23:18:38 GMT -3
Para padrões brasileiros, O Palhaço foi muito bem, KK. O filme do Kléber tem outro apelo e perderá no boca a boca, mas se sairá bem dentro do horizonte de expectativas, porque a crítica o adorou.
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Post by KK on Aug 29, 2012 17:56:37 GMT -3
O Palhaço pode ter ido bem por causa do chamariz do nome do Selton Melo, talvez pensassem ser algo mais global, tipo A Mulher Invísivel, mas a chiadeira em muitas sessões e a "decepção" eram constantes.
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Post by Serge Hall on Sept 22, 2012 10:27:48 GMT -3
Vejo hoje \o/
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Post by Serge Hall on Sept 23, 2012 1:05:39 GMT -3
Nossa.
ah sim: o filme deve entrar em circuito lá pra janeiro, segundo o KMF e a Silvia, da Vitrine.
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Post by Mr. Orange on Sept 23, 2012 10:02:55 GMT -3
Fala mais ae Serge
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Post by Serge Hall on Sept 23, 2012 20:01:25 GMT -3
Pronto. Tava muita correria no festival, porque eu consegui pegar outros filmes muito bons, como "Otto", "Doméstica" (documentário do Gabriel Mascaro; VEJAM) e o novo do Marcelo Gomes (que nem achei tão bom assim, mas é massa).
Então, é um filme interessantíssimo em cada minuto. Pra quem acompanha a carreira do Kléber, desde sua crítica, é uma delícia ir percebendo vários pontos da visão de mundo dele, como a sensação submissão por prédios e edifícios em Recife (e Brasil, né?), uma sensatez sentimental, flertes com o fantástico e até mesmo terror/horror.
Essa cena que o Marcel destacou, do barulho da cerca, é sensacional mesmo, incrível. Uma pena o som do Teatro Nacional não estar a altura, tampouco a tela (o filme é scope e vazava um pouco por todos os lados). E, de uma forma muito rica, engloba absolutamente todos os curtas do Kléber (até "Homem de Projeção", acho, numa cena que evoca um cinema antigo). O Enjaulado, por exemplo, tá presente em toda a nossa relação de enclausuramento, aprisionados por vários portões e todo um feeling de paranoia que cresce no filme todo, com uns arroubos muito pontuais de medo, tensão e insegurança. O Kleber usa o zoom de um jeito muito, muito foda.
É um cinema que engloba muitos outros, como a, claro, nouvelle vague, penso que um pouco do Tati também (quando o protagonista, corretor, vai mostrar um apartamento pra uma mulher; a entrada do prédio parece extraída de Meu Tio), de De Palma, o Suleiman, que ele já explicitou. Não pensei no Haneke em nenhum momento, mas ao rever talvez eu encontre algo.
Acho que é o filme brasileiro mais bem acabado que já vi, no sentido de ser extremamente bem pensado, feito com um cuidado notável. Certamente o melhor uso de som, isso não há dúvidas. Todas as cenas possuem algum ruído vivo do ambiente, da cidade, e essas coisas começam a virar quase uma trilha sonora (existe um TUM! TUM! que aparece pelo filme, que a gente fica sem saber direito se é trilha ou se é outro barulho - e pode ser os dois, perfeitamente, o que penso ser o caso).
As atuações são não-atuações quase absolutas. Tem uma calma muito grande no elenco, em como eles falam, e é bem naturalista, embora a gente perceba uma mise-en-scene muito bem cuidada nisso tudo. O personagem do Gustavo Jahn me pareceu claramente um alter-ego do Kleber (alguns pensamentos, ter morado fora etc), inclusive no jeito de conversar. Tem uma cena de reunião de condomínio que parece refletir muito do pensamento dele sobre algumas "situações classe média", classe que é a mais presente no filme.
Tô apaixonado pelo filme, e gostei muito de ler o que o Marcel disse, que ele talvez possa sugerir um outro tipo de produção e visão por aqui. A Silvia Cruz, da Vitrine, me disse que pretendem lançar em um ou outro Cinemark; espero que as pessoas vejam e role um boca a boca massa, porque eu já acho que ele, por mais distinto que seja, tem uma força com o público, de poder criar um, até mesmo porque tem muito humor (ao modo KMF). Foi uma sessão bem divertida.
Vou rever na Mostra de SP, esperando uma projeção mais digna dele. E, já sabendo pra onde ele vai e como ele se constrói, prestar atenção em outras coisas.
Tá entre os 3 melhores que vi este ano.
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Post by Serge Hall on Sept 25, 2012 21:35:44 GMT -3
Para quem estiver no Rio (RAPHA!), vai passar dia 06 no Odeon. Segundo o KMF, o Odeon tá com uma projeção fodíssima e tem tudo pra ser perfeito. Imperdível.
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Post by will on Sept 25, 2012 22:16:09 GMT -3
Pronto. Tava muita correria no festival, porque eu consegui pegar outros filmes muito bons, como "Otto", "Doméstica" (documentário do Gabriel Mascaro; VEJAM) e o novo do Marcelo Gomes (que nem achei tão bom assim, mas é massa). provavelmente nos cruzamos no festival, serge. só faltou sabermos disso a tempo, hehe.
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Post by will on Sept 25, 2012 22:19:55 GMT -3
Nossa. ah sim: o filme deve entrar em circuito lá pra janeiro, segundo o KMF e a Silvia, da Vitrine. eles mudaram a data (deixaram em suspenso, na verdade) porque o filme começou a ser selecionado nos festivais: gramado, brasília e rio. lançar em janeiro é falta de tato. depois reclamam do público.
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Post by Rapha on Sept 26, 2012 11:17:08 GMT -3
Para quem estiver no Rio (RAPHA!), vai passar dia 06 no Odeon. Segundo o KMF, o Odeon tá com uma projeção fodíssima e tem tudo pra ser perfeito. Imperdível. Em 2K, fiquei sabendo ontem. Mas não vai dar pra eu ir... vou viajar esse fim de semana do dia 6 pra fazer a parte prática do curso avançado de mergulho. Só que se o tempo estiver muito ruim que nem no último fds pode ser que eles cancelem, daí eu vou com certeza. De qqer forma espero que tenham outras sessões ou que passe na repescagem.
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Post by Rapha on Sept 26, 2012 12:27:35 GMT -3
Acabei de achar a programação do Festival:
O SOM AO REDOR (O Som ao Redor) de Kleber Mendonça Filho. Com Irandhir Santos, Gus63 tavo Jahn, Maeve Jinkings, W.J. Solha, Irma Brown. Brasil, 2012. 131min.
A vida numa rua de classe média na zona sul do Recife toma um rumo inesperado após a chegada de uma milícia que oferece a paz de espírito da segurança particular. A presença desses homens traz tranqulidade para alguns e tensão para outros numa comunidade que parece temer muita coisa. Enquanto isso, Bia, casada e mãe de duas crianças, precisa achar uma maneira de lidar com os latidos constantes do cão de seu vizinho. Uma crônica brasileira, uma reflexão sobre história, violência e barulho.
Premiére Brasil - Competição longa ficção - - 16 anos
SAB (6/10) 21:30 Odeon Petrobras [OD054] DOM (7/10) 15:30 Pavilhão do Festival [PV032] SEG (8/10) 14:30 Roxy 3 [RX074] SEG (8/10) 19:00 Roxy 3 [RX076] TER (9/10) 16:30 Cinemark Botafogo 3 [CK046] TER (9/10) 21:30 Cinemark Botafogo 3 [CK048]
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Post by Serge Hall on Sept 26, 2012 16:24:35 GMT -3
Para quem estiver no Rio (RAPHA!), vai passar dia 06 no Odeon. Segundo o KMF, o Odeon tá com uma projeção fodíssima e tem tudo pra ser perfeito. Imperdível. Em 2K, fiquei sabendo ontem. Mas não vai dar pra eu ir... vou viajar esse fim de semana do dia 6 pra fazer a parte prática do curso avançado de mergulho. Só que se o tempo estiver muito ruim que nem no último fds pode ser que eles cancelem, daí eu vou com certeza. De qqer forma espero que tenham outras sessões ou que passe na repescagem. O KMF soltou um comentário há poucos dias dizendo que, aparentemente, eles, Odeon, estarão com um 4K pro Festival. Se for, eu vou lamentar demais não poder estar lá. Vou torcer pra passar num cinema bala na Mostra SP.
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Post by Flavio on Oct 8, 2012 23:28:06 GMT -3
Gostei muito. Em pouquíssimos filmes, brasileiros ou não, eu vi o som ser utilizado tão bem quanto aqui, tanto pra realçar os sons comuns a todo lugar e dar uma sensação de familiaridade, quanto pra dar um novo sentido ou visão pras imagens, e criar um clima de suspense e paranóia em cenas aparentemente "normais", sem que haja uma ameaça clara.
É daqueles filmes em que cada plano é cuidadosamente pensado e preparado, e apesar de não ter muito uma trama clara e definida (o que vai afastar muitos dos espectadores de Ninas e Carminhas), prende a atenção do começo ao fim. Queria ter visto no Odeon, mas a sessão foi fechada ao público.
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Post by Serge Hall on Oct 9, 2012 9:22:03 GMT -3
Alô, Fredy e Cavalca, o filme passa amanhã, 10/10, aí em Porto Alegre; às 19h30 na Sala PF Sala P. F. Gastal.
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